
03 abril 2010
24 dezembro 2009
Arvore de Natal
O Natal está perto.
Disfarçada em Elf, escondida entre os ramos do pinheiro, entro na casa de uma família. Pais e filhas começam a preparar a sua árvore de natal. Os risos perfumam o ambiente de uma família feliz. Rapidamente, a árvore despida ficou colorida. Os enfeites de Natal embelezaram o símbolo da vida. Diante da árvore já montada, as duas meninas pequeninas batem as palmas fascinadas pelo pequeno milagre.
De repente, uma das meninas grita:
― Falta a estrela grande!
E a outra, logo em seguida, ofereceu os bracitos à mãe.
― O que queres filha? ― perguntou a mãe docemente.
― Quero ir para cima da árvore de natal!
Mãe e pai sorriram admirados pelo desejo da criança.
― Anda cá! ― A mãe pegou na pequenita ao colo.
― As meninas não podem ir para cima da árvore.
A menina ainda não estava convencida daquilo que a mãe lhe tentava explicar, quando retorquiu:
― Não, não, a Avó, a tua mãe, chama-me estrelinha a mim e à mana. Eu quero ir para cima da árvore para brilhar.
― Muito bem, a estrelinha quer brilhar e tu minha querida? ― perguntou a mãe à outra filha.
― Eu também quero brilhar, mas não em cima da árvore. Podemos cair, não é pai?
Então as minhas estrelinhas vão brilhar este Natal oferecendo aos meninos pobrezinhos os vossos brinquedos, livros mais velhinhos. E também roupas que já não usam.
― Sim! Disseram ao mesmo tempo.
― Vamos lá escolher. ― disse a mãe, dirigindo-se ao quarto delas.
A duas crianças correram atrás da mãe gritando:
― Vamos brilhar este Natal! Vamos brilhar este Natal!
Depois dos brinquedos escolhidos, os pais, carinhosamente, sentaram-nas ao colo e explicaram-lhes o dom da partilha. Uma semente que germina para se multiplicar. Fazer o amor florescer nos gestos e eternizar os instantes de cumplicidade.
Mais tarde, deitadas na cama lado a lado deram as mãos e sorriram. Aquele Natal ia ser diferente, mais meninos iam ter brinquedos no sapatinho.
Em sonho, gotas de esperança caíam sobre a árvore de natal.
24 outubro 2009
21 outubro 2009
O Polvo Feio

Era uma vez duas meninas que estavam sentadas na praia. Elas trabalhavam muito a construir um castelo de areia que o tio lhes tinha ensinado a fazer. De repente, veio uma onda e destruiu tudo, reduzindo o castelo a um monte de areia e espuma.
─ Oh! ─ disse uma delas.
─ Não fiques triste, vamos construir outro.
Os pais vigiavam as crianças à distância.
─ Vamos molhar os pés? ─ desafiou uma delas.
─ Não mana, a mãe avisou-nos para não sairmos daqui.
─ A mãe neste momento não está a olhar para nós. ─ disse a outra a correr para o mar.
Subitamente, parou a meio caminho, os olhos cravados num grande rochedo. Dele vinha uma luz muito forte.
─ Anda mana! Eu não vou molhar os pés. Vamos antes àquele rochedo.
De mãos dadas, as crianças aproximaram-se do rochedo e avistam uma linda mulher, de olhos verdes e de longos cabelos pretos, sorrindo para elas. Penteava os cabelos com o seu pente de ouro, na testa uma estrela cintilante. As meninas não conseguiam desviar o olhar; estavam enfeitiçadas em frente de uma bela sereia que, com uma voz doce e melodiosa, lhes disse:
─ Meninas aproximem-se mais! Querem ver os peixinhos? Posso levá-las na minha cauda a dar um passeio.
As crianças hesitaram mas em seguida recusaram o convite.
─ Não podemos, a nossa mãe vai ficar preocupada. ─ disseram em simultâneo.
─ Eu sou uma sereia boa, chamo-me Sirena. Confiem em mim. Não vamos demorar. E a vossa mãe está tão entretida com os vossos avós que nem vai dar pela vossa ausência.
As meninas acabaram por aceder, contentes com a ideia de verem os peixinhos no fundo do mar e esquecendo o aviso da mãe.
A sereia olhou-se no espelho, sorriu, ajudou as meninas a subirem para cima dela e mergulhou no mar sereno. Elas iam encantadas no lombo da sereia com os olhitos bem abertos, para verem bem os peixinhos.
Os seus olhos espraiaram-se e viram lindos corais, anémonas, ouriços-do-mar, cavalos-marinhos e outros peixes multicores. Ficaram maravilhadas com tanta beleza. Empolgadas fizeram perguntas à sereia que, paciente e docemente, respondeu a todas. Estavam tão entretidas que nem deram pelas horas passarem, mas o estômago de uma delas lembrou que era hora de comer.
─ Tenho fome, quero voltar para a mamã.
─ Tens razão, são horas de voltar. ─ disse a sereia com um sorriso maléfico.
A sereia deu meia volta e tomou rumo numa outra direcção.
Um majestoso palácio apareceu na frente delas.
─ Os nossos pais não estão aqui. Eles ficaram na praia.
A sereia malévola responde:
─ A partir de agora ficam a morar neste castelo comigo.
As meninas começam a gritar pela mãe sem parar. Queremos a mãe. ─ disseram chorando.
A malvada, com violência, abanou-as de cima dela e caíram no chão.
─ Calem-se, calem-se! ─ ordenou furiosa.
Quando ficaram de novo frente a frente com sereia quase que desmaiaram de susto. Ela tinha-se transformado numa sereia horrível. Tinham sido enganadas pelo seu encantamento. Afinal era uma sereia má.
As duas irmãs agarradinhas uma à outra não paravam de gritar.
─ Socorro, mãe, socorro avozinha! Venham-nos salvar. Queremos ir para a nossa casinha.
─ Aqui ninguém jamais vos irá encontrar. Ficarão à minha mercê.
Fechadas nas masmorras do castelo, as duas começaram a pedir e a implorar ajuda, durante algum tempo. Mas não resultava. Ninguém aparecia. Elas estavam tristes e desesperadas com a sua sorte.
A Sirena voltou passados uns minutos com uma bandeja de algas, peixe e ostras.
─ Quero tudo comido, vocês estão muito magrinhas. Têm que ficar bem gordinhas. ─ ordenou, batendo a porta com força.
Cheias de fome comeram tudo e adormeceram.
De repente, acordaram assustadas, pois na sua frente estava um polvo gigante a velar-lhes o sono e a sorrir para elas. Encolhidas e a tremer agarraram-se uma à outra. Mal conseguiam articular a palavra monstro.
─ Não tenham medo da minha feiura. Vou levá-las aos vossos pais, antes que a sereia venha, confiem em mim. ─ disse docemente
─ A sereia Sirene diz que ninguém consegue salvar-nos daqui. ─ disseram a soluçar.
─ Eu consigo, querem ver?
As manas abanaram a cabeça
Aproximou-se delas devagarinho, muito devagarinho, e carinhosamente enrolou os seus tentáculos à cintura delas. Saiu por onde tinha entrado: pelas grades da janela que tinha arrancado com a força dos seus tentáculos.
Embaladas e sorridentes com a esperança no coraçãozinho, regressaram à praia. Já não tinham medo da fealdade do polvo. Despediram-se dele com carinho, agradecendo e pediram para visitá-las. Ele, com um sorriso meigo, prometeu voltar um dia.
Sentaram-se um bocadinho a descansar.
─ Ufa, ufa, ufa, que grande aventura, os nossos amiguinhos nem vão acreditar. Disse uma das irmãs ainda trémula.
A outra retorquiu:
─ Segredo nosso.
Beatriz, Inês onde estão? ─ gritou a mãe aflita.
As meninas saíram de detrás do rochedo.
─ Aqui, aqui mãezinha!
01 junho 2009
Coelhinho....Cenourinha